As cardiopatias congênitas são malformações na estrutura ou função do coração presentes desde o nascimento. No Brasil, estima-se que a cada 1.000 bebês nascidos vivos, 10 apresentem alguma forma de cardiopatia congênita, totalizando aproximadamente 30 mil casos anuais. Desses, cerca de 40% necessitam de intervenção cirúrgica no primeiro ano de vida.
Importância do Diagnóstico Pré-Natal
A detecção precoce dessas malformações durante a gestação é fundamental para o planejamento adequado do parto e tratamento imediato do recém-nascido. O ecocardiograma fetal, realizado entre a 24ª e 28ª semana de gestação, é capaz de identificar mais de 90% dos casos de cardiopatias congênitas. Com o diagnóstico pré-natal, é possível organizar o nascimento em um centro especializado, garantindo que a equipe médica esteja preparada para intervir prontamente, o que melhora significativamente o prognóstico da criança.
Diagnóstico Pós-Natal e Teste do Coraçãozinho
Quando a cardiopatia não é identificada durante a gestação, o diagnóstico pode ocorrer após o nascimento por meio de exames clínicos e testes específicos. O “teste do coraçãozinho”, realizado nas primeiras 24 horas de vida, mede a saturação de oxigênio no sangue do recém-nascido e é uma ferramenta eficaz na detecção de cardiopatias congênitas críticas. Esse exame simples e indolor tem sido implementado em diversas regiões como parte do rastreamento neonatal.
Benefícios do Diagnóstico Precoce
A identificação antecipada das cardiopatias congênitas permite:
- Planejamento do Parto: Definir o local e a equipe médica adequada para atender às necessidades específicas do bebê.
- Intervenção Imediata: Realizar procedimentos ou cirurgias nos primeiros dias de vida, essenciais em casos graves.
- Acompanhamento Especializado: Monitorar a evolução da criança e ajustar tratamentos conforme necessário.
Essas medidas contribuem para a redução da mortalidade neonatal e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.